Mário Moura, Comandante da 3ª Companhia da Força Especial da Proteção Civil, conhece a realidade dos incêndios de norte a sul do país, e pede o apoio das populações com três regras simples

Usar devidamente o fogo
Apesar de existir mais sensibilização e informação, ainda existe um uso indevido do fogo em ambiente florestal, tanto no que diz respeito às queimadas para limpeza de terrenos como também em momentos de lazer, o que representa um risco elevado de incêndio.

Acatar instruções
Muitas vezes vemos o nosso trajeto dificultado por cidadãos que querem ver de perto os incêndios ou até tentar recuperar alguns bens das suas propriedades. Em situação de incêndio em zonas populacionais devem sempre ser respeitadas as indicações dos bombeiros, quer nas distâncias a manter, como no fluxo do trânsito.

Criar faixas de segurança
Uma habitação que tenha uma faixa de segurança bem demarcada, com a vegetação bem limpa num perímetro que permita o acesso e trabalho dos Bombeiros, estará sempre mais segura e permitirá alocar os recursos do combate ao fogo de forma menos dispersa.

Palavra de especialista
As alterações climatéricas estão patentes e não temos as estações do ano tão bem definidas, o que nos deixa uma margem de manobra reduzida para a utilização do fogo – algo de muito característico a nível nacional – e também cria uma sensação de falsa segurança. Não é porque chove um pouco ou está mais fresco em agosto que se torna seguro utilizar o fogo de forma indevida, os materiais combustíveis permanecem disponíveis e o risco continua elevado.