A redução do desperdício está no topo das prioridades do momento. Mas a sustentabilidade pode ser, também, uma alavanca sem precendentes para o mercado: a chave para uma maior valorização dos produtos.
A cultura do fast-food tornou-nos consumidores ávidos, imediatistas, impacientes e – muito lamentavelmente – inconsequentes. Nas últimas décadas, e em muitas áreas do mercado, a quantidade tornou-se mais importante que a qualidade. O resultado foi um nível de desperdício que o planeta já não consegue comportar, e que se tem refletido, por exemplo, na contaminação dos solos e ecossistemas marinhos.
Hoje, sabemos que é essencial reduzir o consumo de plástico descartável e evitar o desperdício. É urgente educarmo-nos enquanto consumidores, fazendo escolhas mais conscientes, informadas e ponderadas. Procurar, em vez de soluções rápidas, produtos com durabilidade prolongada e a que ainda se possa oferecer uma segunda vida, através da reciclagem.
Para as empresas, promover produtos com maior qualidade e durabilidade é apostar na sua valorização, por oposição aos bens de rápido consumo e baixo valor. A sustentabilidade torna-se, assim, a porta de entrada para um mercado mais próspero. É que os consumidores, despertos para a importância de fazer opções mais inteligentes, estão mais disponíveis para pagar um valor adicional por um produto melhor, mais durável e amigo do ambiente.
Criam-se, assim, entre empresas e consumidores, cadeias circulares de produção e consumo mais conscientes, sustentáveis e rentáveis para todos. Com menos recursos e menor desperdício, geramos mais valor e riqueza, poupando no nosso bem mais valioso: o planeta Terra.
Mas é essencial estarmos todos alinhados neste objetivo. É importante ensinar, desde cedo, que pela sobrevivência do planeta é preciso terminar com o consumismo desenfreado e fazer escolhas inteligentes. Apostar em campanhas de sensibilização, nas empresas, e educar para a cidadania, nas escolas e em casa.
Para quem fuma, por exemplo, importa lembrar que, muitas vezes, as pontas de cigarros e filtros de outros produtos de tabaco são incorretamente descartados no solo, e não como deveriam em cinzeiros e no lixo, acabando por chegar ao mar e ameaçando a sobrevivência dos ecossistemas. Estes são pequenos gestos que, somados e replicados, fazem a diferença.
Vamos criar um mundo mais próspero e sustentável?