Ativistas, meios de comunicação social e organizações não-governamentais e intragovernamentais alertam-nos, todos os dias, para a catástrofe ambiental que estamos a viver. Lembram-nos que já devíamos ter começado a tomar medidas, para salvar os espaços verdes. Mas por onde começar?

Assistimos, diariamente, a fenómenos resultantes das alterações climáticas e ao aumento da poluição, por todo o mundo. Há cada vez mais espécies animais e vegetais extintas e outras em vias de extinção. O mundo, tal como o conhecemos, vive a maior ameaça de sempre à sua continuidade.

Preservar o planeta é uma tarefa que cabe a cada um de nós: é a nossa casa, o lugar onde vivemos, capaz de nos surpreender a cada dia, a cada nova viagem, a cada nova descoberta. Há pequenas alterações que podemos fazer, no nosso dia-a-dia e no consumo, que podem ajudar a salvar o planeta – se todos nós as colocarmos em prática. Por exemplo, reduzindo o consumo de plástico e adotando comportamentos que facilitem boas práticas ambientais

Sabia que, de acordo com um estudo da organização oceanográfica Sea Education Association (SEA), publicado na revista norte-americana Science Advances, desde 1950 a humanidade já produziu 8,3 biliões de toneladas de plástico? E que, desse total, cerca de 6,3 biliões foram descartados? Se continuarmos neste ritmo, em 2050 poderá haver mais de 12 biliões de toneladas de resíduos plásticos.

De facto, grande parte do lixo que produzimos diariamente é composto por plástico. Aliás, cerca de um terço é constituído por embalagens – e 80% das mesmas são descartadas após serem usadas apenas uma vez.

Sendo que a maioria do plástico não é biodegradável, grande parte do mesmo acaba por ser um dos grandes responsáveis da poluição em vários ecossistemas. Entra na cadeia alimentar e ameaça não só a continuidade de diversas espécies animais e florestais como também a nossa própria saúde.


Conheça algumas dicas para reduzir os resíduos plásticos

1. Evite palhinhas descartáveis
É um facto que os mais pequenos adoram palhinhas para beber água ou sumo – na verdade, é algo que também facilita a sua ingestão de líquidos. Porém, hoje em dia já existem palhinhas reutilizáveis, coloridas e com motivos divertidos, que pode lavar e mandar para o lanche ou almoço na escola, ou levar consigo nas idas ao restaurante.

2. Recicle e não deite resíduos para o chão
Com ecopontos ao virar de cada esquina, já não há desculpas para não reciclar. Não precisa de investir num caixote do lixo apropriado para a reciclagem: pode simplesmente separar o vidro, o plástico e o papel em sacos ou em baldes. Sensibilize os mais pequenos para fazerem o mesmo, e rapidamente tornar-se-á numa divertida missão de uma “família verde”. Por outro lado, já que vai reciclar, não se esqueça que também não deve deixar cair ou atirar para o chão os resíduos que produz.

3. Elimine as garrafas
Invista numa garrafa de inóx ou de vidro para levar água para o trabalho, evitando assim comprar garrafas de plástico no bar da empresa. Permita que sejam os seus filhos a escolher a que preferem levar para a escola, sensibilizando-os para a importância de não a perder de vista (pela preservação do planeta). Em vez do tradicional frasco de sabonete líquido, opte por sabonetes.

4. Não se esqueça do saco
Muitas vezes, saímos de casa sem saber que, ao final do dia, vamos ter de passar no supermercado. Por isso, leve sempre consigo um saco reutilizável, para evitar comprar sacos de plástico na loja.

5. Troque a sua escova de dentes por uma nova de bambu
As escovas de dentes tradicionais são responsáveis por toneladas de resíduos todos os anos, que demoram mais de 400 anos a decompor-se. Prefira escovas de dentes de bambu: o bamby é um recurso auto-sustentável e biodegradável, pelo que é a melhor alternativa às escovas tradicionais.

6. Prefira produtos que facilitam práticas que protegem o ambiente
Muitas organizações já começaram reduzir o plástico nos seus produtos, diminuindo assim a sua pegada ecológica? Informe-se sobre os produtos que escolhe e leva para casa, antes de comprar. Por exemplo, para quem não deixa de fumar e opta por continuar a consumir produtos de tabaco, já existem alternativas ao tabaco tradicional, que não apresentam o mesmo nível de risco de incêndio que os cigarros e que assim contribuem para a preservação das florestas e facilitam boas práticas sustentáveis, ao evitar a combustão e permitir um mais fácil e correto descarte num cinzeiro, no lixo.