Estima-se que 4,5 biliões de beatas sejam deitadas fora todos os anos. E se, a nível mundial, cerca de 80% do lixo que se atira para o chão, em terra, vai parar ao mar, já sabemos qual é a sua última morada.

Este Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo surgiu após os grandes incêndios de 2017, em resposta a uma consciência coletiva de que algo precisava de mudar, pois nesse período identificou-se o pouco conhecimento que está associado a estes momentos de combate a incêndios.

Há alguns anos que o termo “sustentabilidade ambiental” se tornou familiar. Reciclar foi o começo de tudo, quando aprendemos que era preciso separar o lixo corretamente para que depois pudesse ser tratado e desse origem a novos produtos. Vieram depois os outros “Rs”: além de reciclar, a mensagem passou a ser também reduzir e reutilizar, seja qual for o material.

A par da invasão dos plásticos em ecossistemas tão variados quanto os jardins das nossas cidades ou o alto mar, lidamos atualmente com um problema de desperdícios que, por muito pequeno que pareça, ganha uma grande dimensão quando pensamos nas consequências práticas. As beatas de cigarro populam as calçadas, os canteiros, os jardins, até as praias. Estas levam até cinco anos a degradar-se, sendo que este processo implica a introdução no ambiente de mais de 4000 substâncias químicas. A alternativa a isto é tão simples quanto recolher e deitar no sítio certo: o lixo. Sendo as beatas de cigarro um aspeto importante do negócio da Tabaqueira, a empresa olha para esta situação com uma sensibilidade extra. Fazer face ao impacto das alterações climáticas, criar um futuro mais sustentável a nível ambiental, onde os recursos utilizados tenham o menor impacto possível no planeta, é uma responsabilidade de todos os indivíduos e de todas as empresas. E foi este o compromisso assumido pela Tabaqueira há muitos anos, numa procura incessante por minimizar os efeitos negativos associados ao consumo dos seus produtos.

A prevenção da eliminação indevida de resíduos de filtros, ou seja, das beatas de cigarros, é um dos pilares centrais de uma mudança no modelo de negócio da empresa que tem como objetivo transformar toda a atividade empresarial e a todos os níveis da cadeia de valor e pôr a sustentabilidade em primeiro lugar. A esta junta-se também a gestão de água e a proteção do clima.

Caminhar e proteger o ambiente

No caminho para a sustentabilidade ambiental, a Tabaqueira tem incluído também um esforço ativo por promover comportamentos responsáveis por parte dos consumidores na eliminação dos resíduos de filtros, através do estabelecimento de parcerias e do desenvolvimento de campanhas de sensibilização e de limpeza dos espaços públicos, urbanos e naturais, como a campanha “Portugal não é um cinzeiro” e as ações de plogging.

À primeira vista, a palavra plogging pode parecer estranha, mas esta tem sido uma das grandes apostas da empresa na área dos resíduos de filtros. O seu significado não é mais do que a junção de jogging (corrida) com picking (recolha), ou seja, uma atividade que alia a prática de exercício físico à recolha de lixo, especialmente beatas de cigarro, numa missão com o principal objetivo de contribuir para um mundo mais verde e sustentável.

Assim, e em parceria com as diversas marcas do Global Media Group, têm sido organizadas diversas sessões de plogging, seja em ambientes mais urbanos, seja no meio da natureza. Estas já juntaram centenas de pessoas que, voluntariamente, se juntam para deixar a sua marca no mundo. O Parque Florestal do Monsanto, por exemplo, foi um dos locais escolhidos para esta atividade sendo que ainda houve tempo para uma aula de dança com vista para o rio Tejo. Já no espaço de praia entre Caminha e Vila Praia de Âncora, mas recentemente, desenrolou-se, por um percurso pré-definido, uma caminhada ao longo da qual foram apanhados 52 litros de beatas de cigarro, que terminou com uma aula de grupo de Move.

No entanto, este caminho também se faz de sensibilização da população, especialmente das gerações mais novas. Também em parceria com o Global Media Group foi desenvolvida a ação “Portugal não é um cinzeiro”, que percorreu 32 praias, de norte a sul e ilhas incluídas, e durante várias semanas teve o objetivo de apelar aos frequentadores do areal para a necessidade do correto descarte dos resíduos provenientes dos produtos do tabaco. Para tal, foram distribuídos mais de 13 mil cinzeiros de praia, práticos e de uso simples, permitindo a qualquer consumidor de tabaco armazenar beatas e, posteriormente, descartar estes resíduos de forma responsável e correta.

Missão: proteger o clima

São vários os impactos diretos no negócio da Tabaqueira associados às alterações climáticas, desde logo a escassez de recursos. Ciente disto, a empresa tem tomado medidas para garantir a sua resiliência, antecipando riscos e oportunidades para o crescimento sustentável dos negócios a médio e longo prazo. Estas focam-se especialmente na redução de emissões e na transição energética.

A descarbonização da fábrica da Tabaqueira, em Albarraque, Sintra, iniciou-se em 2010 e teve como objetivo melhorar a eficiência industrial, nomeadamente na gestão da água e da energia. O investimento em soluções de eficiência energética centrou-se na substituição de equipamentos mais eficientes no processo de produção, através da instalação de recuperadores de calor, uma nova caldeira de produção de vapor, novos compressores de ar comprimido, entre outras medidas.

Foram também implementados projetos de eficiência energética em áreas como a iluminação, ar condicionado e geração de vapor, bem como algumas medidas básicas de boas-práticas, tais como desligar equipamentos quando estes não estão em funcionamento ou luzes nas áreas vazias. A energia é uma das áreas prioritárias para a Tabaqueira, onde atualmente 100% da energia elétrica consumida tem origem em fontes renováveis.

Além disso, na última década foram investidos mais de quatro milhões de euros em medidas exclusivas de eficiência energética e descarbonização, o que se traduziu numa redução de custos operacionais e na redução de emissões de CO2 acumuladas. Assim, a fábrica da Tabaqueira conseguiu reduzir a sua pegada de carbono em 72%, um número que permitiu antecipar as metas neutralidade carbónica. Até 2025, o compromisso é a alcançar a neutralidade carbónica nas suas operações diretas e, até 2040, em toda a cadeia de valor da empresa.

A Tabaqueira tem-se também associado consecutivamente ao movimento nacional Bravos Heróis, por uma floresta sem fumo, livre de incêndios, mais resiliente e sustentável. Esta iniciativa é promovida pelo Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF e nela é dada voz aos heróis sem capa que, diariamente, lutam por um país mais verde, com o objetivo de consciencializar os cidadãos portugueses quanto à necessidade de abraçar a causa nacional da prevenção dos incêndios, preservação das florestas e adoção de comportamentos mais sustentáveis, em prol da conservação do ambiente.

Boa gestão da água, onde quer que opere

A Tabaqueira esta comprometida a realizar uma boa gestão da água, não só ao nível do consumo responsável, mas também pela proteção da mesma, o que lhe valeu, em 2019, a certificação da AWS – International Water Stewardship Standard, tornando-se a primeira organização em Portugal a receber esta distinção.

Esta norma especifica que a melhor gestão dos recursos hídricos corresponde à utilização da água de uma forma socialmente justa, ambientalmente sustentável e economicamente benéfica. Esta gestão deve ser feita através de um processo inclusivo das diferentes partes interessadas, tendo em consideração as necessidades das comunidades locais e das bacias hidrográficas onde as operações da empresa estão presentes. Assim, esta certificação implica uma série de ações, critérios e indicadores de como a água deve ser gerida além dos limites físicos da empresa.

Nesse sentido, já há provas dadas desse caminho de melhoria: se em 2010, consumia 3,3 metros cúbicos de água para produzir um milhão de cigarros, em 2020, esse valor baixou para 2,1 metros cúbicos; tem também garantido as melhores condições de tratamento de água nos chuveiros usados pelos vários trabalhadores das empresas; já em 2019, eliminou todos os bebedouros de água com garrafões de plástico reutilizáveis e instalou 30 novos bebedouros com filtro acoplado, ligados à rede de abastecimento; por fim, para garantir, de forma contínua, os elevados padrões de qualidade da água que é consumida e devolvida ao meio hídrico, a Tabaqueira monitoriza com frequência cerca de 64 pontos distintos de utilização da água.

A subsidiária da PMI está assim comprometida com a melhoria contínua das suas operações, de forma a alcançar os mais altos padrões de qualidade ambiental, em alinhamento com as expectativas e as regulações para o ambiente. Para o grupo, a sustentabilidade significa criar valor, não só a curto como também a médio e longo prazo, e é nisso que tem investido.